Ocupação Luisa Mahin
A ocupação Luisa Mahin se iniciou na madrugada do dia 25 de setembro de 2016, quando 25 famílias, organizadas pelo MLB, ocuparam um prédio do governo do Estado no bairro do Comércio, em Salvador, que há anos estava abandonado. O nome Luísa Mahin foi escolhido em homenagem a uma mulher africana que foi trazida ao Brasil como escravizada e se tornou protagonista de vários levantes contra a escravidão na Bahia no século XIX, inclusive a famosa Revolta dos Malês. Além da moradia das famílias, a ocupação abrigava a sede da Escola Popular Carlos Marighella, que realizava aulas de alfabetização para jovens e adultos e um cursinho pré-vestibular que atendia uma turma de 40 alunos. Mesmo com ameaças de reintegração de posse, as famílias da ocupação resistiram por mais de um ano, quando se fechou um acordo com o Governo do Estado para a garantia de moradia digna para as 25 famílias da ocupação, que desocupariam o prédio e seriam reassentadas em um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida em São Cristóvão. O prédio foi desocupado em junho de 2018, mas durante esses anos, outras lutas tiveram que ser travadas pelas famílias, uma vez que o acordo não foi cumprido por parte do Estado.