Ocupações da Izidora
As ocupações da Izidora surgiram na efervescência da jornada de lutas de 2013 e ocuparam uma grande gleba não parcelada na região norte de Belo Horizonte, a Granja Werneck, que não estava cumprindo função social e que era alvo de grande disputa ambiental, financeira e imobiliária na cidade. A primeira ocupação a surgir foi a Rosa Leão, em maio de 2013 e, em menos de um mês, em junho de 2013, despontam-se outras duas: Esperança e Vitória. As ocupações se deram inicialmente sem a organização de movimentos sociais, pela auto-organização das famílias que necessitavam de moradia. Os movimentos sociais (Brigadas Populares, Comissão Pastoral da Terra e MLB) passaram a atuar logo depois, apoiando e construindo uma rede de resistência com a cidade. Ao todo as ocupações da Izidora chegam a ter cerca de 9 mil famílias e são alvo de 4 ações de reintegração de posse, que já foram quase executadas ilegalmente inúmeras vezes. Posteriormente, além das três ocupações, a ocupação Helena Greco, realizada em 2011 em um terreno bem próximo à Granja Werneck, passou a ser nomeada também como integrante dessa rede de luta e resistência das ocupações da Izidora. Atualmente, a região, que já está bem consolidada, tem recebido acompanhamento da Prefeitura para realização de um programa de intervenções de proteção ambiental e melhorias urbanas.